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29 de junho de 2012


Cantata para Mario Faustino

Ubirajara Mello de Almeida

Subia, etéreo, estava em desvantagem,
usava toda química do delírio
mesmo sem túnica ia contra a aragem
e seguia em vão o discurso de um rio.

Ao ver-me nesse estado: é desvario...
Ou descompasso suicida da imagem?
Pregado numa cruz, à beira do martírio,
um quadro vivo agônico da paisagem.

Cantava, era o contraponto ao choro
dos fiéis, a duas vozes, em coro
na procissão dos que vão aos céus.

Numa cena perfeita de Brueghel,
o trumpetisdta preferiu um flugel
e a cortejo desfilava já sem véus.

24 de junho de 2012

Inédito de Cícero Melo


Meu último amor


Cicero Melo


Nunca houve  nos caminhos da jornada 
Da vida notação,  me acompanhando 
Estava a Morte, a última da estrada 
Das mulheres que amei, me degolando. 


Mas, antes de morrer, e olhando o nada 
Falei: “Eu que nasci  sempre te amando,  
Por que deceparás o ser amado, 
O que sempre te amou e irá te amando?” 


Agora, a morte é minha amante e amiga 
Dorme sempre nos sonhos:  tão querida  .
Mas, ela , nunca  dorme, sempre a voar


Todo dia me deixa tão sozinho... 
Mas sempre volta a mim com um bom vinho 
Do sangue que acabara de ceifar. 


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